Não tem estrutura emocional, não tem apoio, não tem dinheiro, não tem energia. Ou talvez tenha tudo isso

— mas não tem vontade.
A maternidade, agora, parece o

fim de si mesma.

E agora… mais uma gravidez. Mais um filho! Mais uma responsabilidade!
E você se pergunta: “Com que forças?”

O medo não é da criança.

É do peso de ter que ser tudo, mais uma vez, sozinha.

Como amar o que me lembra da dor? 

Talvez não tenha escolhido esse corpo, esse homem, esse ato.
E agora, carrega no ventre algo que te lembra de tudo o que você queria esquecer. O medo, a raiva, a confusão.

Você sente que decepcionou todo mundo — e não sabe como voltar atrás. 

Talvez a única saída que pareça possível… seja “resolver” isso em silêncio.
Sem que ninguém saiba.
Sem que ninguém te olhe diferente.

Talvez esteja tudo instável demais agora. Talvez você esteja enfrentando falta de apoio, de estrutura, de condições financeiras e emocional. Talvez a resposta não esteja clara agora — e tudo em você grite que não vai dar.

Você pensa: “Eu não posso parar agora.”
“Esse filho vai destruir minha carreira, minha liberdade, meu futuro.” 
Foram noites em claro, escolhas difíceis, passos firmes num mundo que nem sempre acolhe mulheres com sonhos.